Recentemente, alguns estados do Brasil passaram a adotar o Registro Nacional de Veículos em Estoque (Renave), o que deve mudar a maneira como as transferências de veículos usados são realizadas, garantindo mais segurança para a pessoa que deixa seu carro ou moto na troca por outro modelo em uma loja ou concessionária.
Isso porque é bastante comum que os lojistas evitem transferir os veículos para o nome de suas empresas quando recebem um veículo em troca. Esse processo gera muita burocracia, trabalho e custos desnecessários para a loja, então, na prática, muitos recebem o veículo na troca, mas só tiram do nome do antigo proprietário quando conseguem efetuar a venda do carro ou moto para outra pessoa.
O problema é que o antigo proprietário fica responsável por tudo que acontece com o veículo até que a nova venda seja realizada. Dessa forma, multas, impostos e até acidentes de trânsito podem continuar causando uma dor de cabeça para a pessoa que trocou de carro semanas ou até meses antes.
O Renave pode corrigir isso, já que permite que a loja tire o veículo do nome do antigo proprietário sem que precise transferir de forma definitiva para o nome da empresa – ao menos sem que se paguem todas as taxas de transferência como as que são cobradas atualmente. É como se fosse uma transferência temporária até o modelo encontrar um novo dono. E o melhor é que nos estados que estão começando a adotar a prática, o custo para a loja é bastante reduzido e todo o processo é eletrônico, sem burocracia, deslocamentos e perda de tempo.
Os governos estaduais também ganham com isso, é claro, já que, ao tirar da informalidade uma série de transações de compra e venda de motos e automóveis, consegue tributar a empresa vendedora do veículo com o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que tende a não ser recolhido no modelo atual de transferências. Então, na prática, o programa tem tudo para levar benefícios a todos.
Outra vantagem para a loja é que, ao fazer o registro formal de seu estoque, ela comprova o patrimônio da empresa, o que pode levar bancos e instituições financeiras a oferecerem melhores ofertas de crédito, caso a empresa queira fazer uma expansão de suas atividades ou mesma realizar uma reforma nas instalações.
Os benefícios também chegam a quem adquire o veículo que está registrado no estoque da loja ou concessionária, já que não será mais necessário levar o documento do carro ao cartório e só depois realizar a transferência em algum Departamento Estadual de Trânsito (Detran). Assim que finalizar a venda, a própria loja insere o nome do comprador no Renave, fornece a nota fiscal de venda e a documentação para dar entrada na transferência estará pronta.
Resta apenas saber na prática como funcionará o dia a dia do sistema, em relação custos e velocidade.
Caso tenha comprado ou vendido um veículo utilizando o Renave, deixe aqui nos comentários e nos diga como foi sua experiência!